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terça-feira, 25 de maio de 2010

O Ciclo


Deixa de besteira que você não tem culpa babe, somos vítimas da mesma armadilha, embora o que nos torna diferentes é que você pensa que pode escapar, e eu vejo beleza nisso tudo. Quero afundar na dor que esse caminho proporciona, no nó na garganta que só umedece com outra dose qualquer, me dá um cigarro, não, não estou perdido, na verdade não mais do que sempre estive babe, não, não estou doidão nem bêbado, eu estou é lúcido pra caralho e sei, que no fim, não me resta saída, mas ah, não se preocupe babe, assim que você for embora eu tomo banho, dou uma aparada na barba, como um pedaço velho de pizza e bebo um copo de coca-cola com rivotril e depois deito, depois durmo, depois acordo e passo a semana toda sem faltar um dia a aula ou ao trabalho, tomando no máximo uma cerveja depois expediente, tipo menino-bonzinho-que-vai-pro-céu, totalmente santo, totalmente católico-apóstolico-romano, totalmente limpo, totalmente puro, depois tomo outro porre, cheiro seis gramas, acordo num lugar qualquer, com outra qualquer onde o sol começa a socar minha cara e o ciclo se fecha outra vez e não, não sei o que fazer a não ser continuar, tem coisa mais auto-destrutiva que insistir nisso tudo ?

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