Protect me from what i want

.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Eu não sei lidar.


O que eu vivo, logo o que escrevo passou, não cabe mais aqui.



Volto em breve, com endereço novo e com histórias pras contar.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Alegrias modestas e pequenos sorrisos


Não gosto de gente que fica falando assim, nesse tom, no que não foi, no que poderia ter sido. Gente que fica com a bunda na cadeira apático, assistindo a vida passar. Não gosto de pessoas assim, principalmente as sextas e sábados, principalmente a noite, principalmente quando estou com um copo de cerveja gelada na minha frente. Quando essa gente aparece eu sempre penso não hoje, por favor, hoje não dá, não quero lamúrias, eu já carrego comigo um gosto amargo que a vida me deu muito novo, então, por favor, me dê apenas seus melhores sorrisos essa noite. Você me entende? Acho tão fora de moda ficar mal, e quer saber uma coisa bonitinha? a dor não é tão glamourosa assim afinal. Eu tenho oferecido sorrisos por aí, pra agradecer a vida, essa louca vida, por ainda estar vivo depois de ter andado por todos os lugares que andei e ter vivido tudo o que vivi pra ser exatamente como sou. O que resta é viver o agora, e tem me feito um bem danado essa força pra arrancar dia-após-dia com as unhas, com os dentes, alegrias modestas e pequenos sorrisos que conseguem prender minha atenção.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

.


A angústia que eu sinto não se compartilha. Não passa. É atemporal. Não diminui com o tempo. É como um veneno que vai correndo pelas veias e te corrói por inteiro. Ela te vence. E sempre, sempre vem mais forte. Você acha que está bem, que finalmente passou. Acha que nunca mais vai sentir. Mas ela te conhece mais ainda. Você vai ficando mais velho. Ela fica mais perspicaz. Essa maldita angústia nunca vai me dar paz. Essa maldita angústia insiste em querer me derrubar. Parece máquina de tatuagem. Te rasga a pele. Fode com sua vida. E você age como ao fazer uma tatuagem em que você tenta ignorar a dor, tenta pelo menos se mostrar forte. Enquanto na verdade, dói pra caralho.Tatuagens deixam marcas na pele. Essa angústia deixa marcas nos ossos. Essa angustia faz com que eu lembre que meu peito ainda bate. Isso me arranca um sorriso sarcástico no espelho pela manhã, porque enquanto essa angustia maldita me acompanhar eu sei que ainda sinto. Sei que estou vivo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

.


Perdi. Parece que foi ontem. Parece fácil. E eu sei onde perdi. Só não tenho coragem de voltar pra buscar. É que eu sempre perco, só que de repente aparece algo semelhante e eu ganho. Mas depois perco, de novo. No meio disso tudo o que eu mais perco é tempo. Estou assumidamente perdendo tempo. Eu perdi o rumo. Na verdade eu estou repleto de opções, de possíveis novos caminhos.Não tenho é coragem pra seguir nenhum deles.
Eu perdi a cabeça. Perdi meu sono. Perdi meu isqueiro e meus cigarros estão acabando. Perdi minha coragem. Puta merda cara, como eu fui perder minha coragem?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O mesmo barco


Não sei dizer como, mas quando percebi estava pensando em você. Ontem eu ganhei um bom filme, algumas cervejas e um beijo gostoso de despedida. Estava me sentindo bem, calmo. Nessas horas sempre enumero coisas-a-serem-feitas como: ser uma pessoa menos vazia, ser uma pessoa mais forte, mais segura, mais sorridente, mais calma, mais tranqüila, mais feliz e caminhar com o mínimo de dor. E no meio das coisas-a-serem-feitas que a gente só enumera quando algo grande acaba e/ou algo novo começa que vi que estamos no mesmo barco, cada um a sua maneira, e que não nos resta nada a não ser continuar navegando.

terça-feira, 22 de março de 2011

O novo (de novo)

Outro ambiente. Ar novo. Rotina nova. No mesmo lugar. No entanto, a poeira se acumula naqueles cantos da alma que todo mundo tem medo de mexer. Medo de olhar para o espelho e não encontrar o velho sorriso amarelo ali. Nunca lidei bem com mudanças. Não deixo transparecer, pelo menos não a vista, deixo a poeira acumular nesses cantos que não chamam a atenção de olhos desatentos. Então eu volto. Mesmo ponto de partida. O estado inicial das coisas. O jogo recomeça. Jogo fora de casa, estádio torcendo contra lotado e um camisa 9 que depois de muita pancada perdeu um pouco do seu brilho e não tem muita motivação pra virar essa partida. Isso se chama vida. Ela estapeia nossas caras sem o menor pudor e nos mostra que somos os mesmos adolescentes cheios de dúvidas e nervosismos disputando a final dos jogos do colégio. A diferença é que não somos mais os adolescentes no colégio. A vida não é uma partida de futebol e nossas cabeças ainda tem muito espaço livre para questionamentos e dúvidas cada vez mais complexos como a noção do que é certo . Essa noção parece bem clara, mas cada vez que me deparo com o certo meu nariz aponta para o desconhecido.

Não vou falar que não gosto, mas demorou um tempo pr’eu aceitar isso. Não vou sair dizendo por aí que é ou foi simples. Mas que diabos é simples quando se tem vinte-e-poucos-anos?

Eu me sinto velho demais pra jogar tudo pro alto e correr pro mais longe possível. Velho demais pra fugir daqui. Só que em seguida me sinto jovem demais pra dar um passo a mais sozinho, sem olhar pra trás.

Então o que me resta é fechar os olhos e caminhar até cair outra vez. Parece tão real esse pesadelo de sentir estar perdido pra sempre.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Quem sabe babe?


Olha babe, tá limpo, sem ironia, sem engano, sem medo. Amanhã, depois, quinta feira, no próximo fim de semana ou daqui alguns meses acontece de novo. E continua assim, sem nexo, sem eira nem beira, sem certeza, apenas continuamos à procura de nos sentirmos vivos como nesses momentos, em que o coração bate descompassado, a respiração fica ofegante e o silêncio fala por nós.

Quem sabe a próxima vez vai ser ainda mais celestial que essa, mais infernal quem sabe, deixa acontecer, deixa ser, deixa estar.