Protect me from what i want

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

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A angústia que eu sinto não se compartilha. Não passa. É atemporal. Não diminui com o tempo. É como um veneno que vai correndo pelas veias e te corrói por inteiro. Ela te vence. E sempre, sempre vem mais forte. Você acha que está bem, que finalmente passou. Acha que nunca mais vai sentir. Mas ela te conhece mais ainda. Você vai ficando mais velho. Ela fica mais perspicaz. Essa maldita angústia nunca vai me dar paz. Essa maldita angústia insiste em querer me derrubar. Parece máquina de tatuagem. Te rasga a pele. Fode com sua vida. E você age como ao fazer uma tatuagem em que você tenta ignorar a dor, tenta pelo menos se mostrar forte. Enquanto na verdade, dói pra caralho.Tatuagens deixam marcas na pele. Essa angústia deixa marcas nos ossos. Essa angustia faz com que eu lembre que meu peito ainda bate. Isso me arranca um sorriso sarcástico no espelho pela manhã, porque enquanto essa angustia maldita me acompanhar eu sei que ainda sinto. Sei que estou vivo.

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