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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Cerveja solitária de quinta feira



O barulho do teclado, tímido, ecoa alto demais. Tempo fresco, noite de verão, cerveja solitária na madrugada.

São esquinas, pessoas, rodovias, bares, festas, lojas, empresas. Esse estado caótico que só a metrópole pode proporcionar. São alto-falantes, buzinas, sons de toda parte e de todo tipo. Mas nenhum som que me conforte como aquela voz. Suspiros aos quais estou acostumado. Constantemente tenho a impressão de que esses sussurros já me esquentaram os ouvidos, e que escutei esse riso bobo em noites parecidas com a de hoje. Em meio a esses devaneios luto pra não perder a concentração nesses sons, não me soltar da linha imaginaria que me mostra a saída mais próxima. Bom, aí fico confuso, e perco o controle, meu coração sai de orbita e tudo o que sinto é uma dor muito forte, saudade eu acho, que segue a batida de uma música triste qualquer.

No final, acabo no mesmo quarto, na frente do mesmo computador, ouvindo as mesmas músicas.

Enfim, parece um monte de lamurias e reclamações, mas acredite, eu vejo beleza nisso tudo.

*Ainda não consegui organizar minhas idéias de fim/inicio de ano. São teorias mirabolantes e complexas, e ainda não acabadas; mas logo preciso de uma válvula de escape, e tudo sai.

* Enquanto isso, falar de saudade. Tão presente que quase posso tocá-la.

2 comentários:

  1. ''meu coração sai de orbita e tudo o que sinto é uma dor muito forte, saudade eu acho, que segue a batida de uma música triste qualquer.''

    Lindo isso, Eduard.

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  2. "Oportunidades perdidas, cenas não acontecidas e vontades acumuladas... resolverei, resolverei." Adoro essa frase.

    Eduardo, que bonito seu blog. Gostei de tudo que li, principalmente desse e o "de alice em alice". Você escreve bem rapaz, traduz demais.

    bjs =)

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